18 de dezembro de 2024
Gabriela foi espancada pelo ex em BH — Foto: Arquivo Pessoal

A Polícia Civil informou nesta sexta-feira (16) que continuará colhendo provas e analisando as imagens do caso da mulher de Belo Horizonte que foi espancada pelo ex-namorado. A agência não descartou que a vítima também tenha sido abusada sexualmente. “Eu tinha certeza que ia morrer”, disse a mulher de 35 anos que foi espancada pelo ex-namorado em Belo Horizonte, onde ficou mais de três horas presa em uma prisão privada. A deputada Luciana Libório explicou: “A gente lida tanto com a possibilidade de violência sexual que já nos pediram um laudo para verificarmos se há fatores que comprovem a ocorrência de violência sexual'” Raul, que teve oito passagens, havia sido monitorado por uma tornozeleira eletrônica. “Sabemos que a única razão pela qual a vítima não morreu foi por causa de circunstâncias fora do controle do agressor. Esse agressor já tinha condenação pelo crime de tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e estava em cumprimento de prisão domiciliar, ou seja, não poderia frequentar boates, casas noturnas isso constava expressamente na sentença dele, deste tipo de acordo judicial. E muito menos cometer novos crimes, o que demonstra que ele não tem nenhum respeito pela lei, nenhum respeito pela mulher, pelo ser humano”, relatou a delegada. Em depoimento, o agressor alegou que havia uma confusão generalizada dentro da boate, então a vítima foi agredida por outras mulheres. Porém, imagens de câmeras de segurança contradiz essa versão do suspeito. A vitima saiu da casa noturna andando e conversando e, e depois, foi atacada pelo autor. Depois das agressões, ele ainda chegou a fotografar a ex ferida e mandar mensagens para outras pessoas. “As pessoas precisam entender que meramente observadores não são meramente observadores, nós vamos analisar até onde a conduta dessas pessoas indica o tipo penal adequado”, destacou Luciana. O caso Gabriela foi espancada no último sábado (10) após sair de uma boate na Região da Pampulha. Segundo ela, o convite para ir ao local partiu do suspeito. “Dentro da boate, meu celular estava na mão da minha amiga e ele queria pegar o aparelho. Bateu no rosto dela e, como teve o início de confusão, pediram para que a gente saísse de lá. O Raul conseguiu pegar o celular e fui atrás pedindo o aparelho. Nesse momento que ele começou a me bater e tem as imagens do vídeo”, resaltou. Após o início das agressões, Gabriela afirma que tem apenas flashes de algumas situações: o ex a levando para um mato e depois do box na casa dele sujo de sangue. Foi no imóvel que a mulher ficou por mais de três horas sendo ameaçada. Ela foi socorrida ao Hospital Risoleta Tolentino Neves e, após alta médica, não retornou para casa por medo do ex-namorado.