27 de agosto de 2025

crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), tem se destacado nas críticas ao governo Lula, especialmente em relação aos sigilos impostos pelo presidente petista. Zema, por exemplo, tem criticado a classificação de determinadas informações como confidenciais por até cem anos. No entanto, o governador mineiro também é alvo de críticas no estado, principalmente sobre a falta de transparência no que se refere aos benefícios tributários concedidos ao setor empresarial. Esses benefícios, que têm aumentado a cada ano, estão projetados para chegar a R$ 22,7 bilhões em 2025, um valor superior ao orçamento destinado à Secretaria de Educação, que é de R$ 19,5 bilhões.

Apesar das críticas ao governo federal, que ele tenta intensificar para se aproximar do eleitorado de direita, especialmente após a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL), Zema tem enfrentado questionamentos sobre os seus próprios sigilos fiscais. A Secretaria da Fazenda de Minas afirma que fornece informações aos órgãos fiscalizadores, mas não detalha os beneficiários desses benefícios no seu site.

Recentemente, Zema aumentou o tom das críticas em suas redes sociais. Ele se comparou ao governo federal, afirmando que enquanto em Brasília o sigilo de 100 anos é uma prática recorrente, em Minas a transparência é regra. Zema, que sempre criticou sigilos de longa duração, agora também enfrenta cobranças no estado, especialmente após a decisão de contingenciar R$ 1,1 bilhão do Orçamento de Minas e a entrega aos deputados do plano de renegociação da dívida de R$ 168 bilhões com a União.

O vice-governador Mateus Simões (Novo) foi pressionado sobre o aumento dos benefícios tributários, com a deputada Lohanna (PV) questionando a falta de transparência. Simões, que é pré-candidato à sucessão de Zema, comprometeu-se a buscar uma solução para a divulgação das informações dos maiores beneficiários das renúncias fiscais, em um modelo mais aberto.

Além das questões fiscais, Zema tem atacado a segurança pública federal, promovendo vídeos e discursos de linha dura, inspirados em outros líderes políticos, como Nayib Bukele de El Salvador. O governador, que vem adotando uma postura mais agressiva nas redes sociais, continua a se distanciar do governo federal e a defender uma atuação mais rígida contra o crime.

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Autor: Artur Búrigo


Fonte: www.em.com.br